No meu mais novo vicio de internet (blogs) me deparei com o “fenômeno Susan Boyle” e sua magnífica voz. Com o número 43212 no peito (que venham os numerólogos, rsrsr), ela disse nos bastidores que ia fazer a platéia tremer, e na frente dos jurados disse que ali estava “apenas uma parte dela”. Sabe o que eu vi?
Eu vi o combate do Assustador X Surpreendente, a “Fiona do Shrek”, a baranga escocesa frustrada, a velha de meia-idade (é velha ou meio velha?) solitária e sem beijo na boca excedendo o que é aceitável esteticamente.
Uma voz. Belíssima voz!
Apenas esta voz dentro daquela canção transformou o mundo mais feliz
e o encheu de questionamentos.
Esta voz esmurrou a arrogância e hipocrisia escondida dentro daqueles que não são nada generosos com pessoas comuns. Um mundo cínico e cênico, onde o físico sensacional é obrigatório para entreter, dar ibope, ou apenas parir a burra unanimidade que diz: “aquele ali é bom...olha como é bonito”!..
Voz não tem cor, nem idade. Belas canções irão emocionar porque foram criadas pra isso. Mas ao expor preconceitos na mais perfeita descrição de A Bela (voz) e a Fera (cara), essa mulher transformou seus predadores em criancinhas amedrontadas. Os deuses da música estavam ali mostrando que o mais simples e o melhor é ser apenas humano, com toda sua essência primitiva. Aquela que nos emociona com o singelo, com o que está ao alcance das mãos, com o que é despercebido na loucura dos dias.
Sim, Susan - a fera (agora no sentido de ser o máximo) fez o protesto que há muito tempo grita dentro de mim: Não somos nada parecidos! Todos somos indivíduos especiais com ingredientes capazes de despertar e praticar o lado bom, gentil e essencial que faz a diferença. Que sejam banidos aqueles que “se acham” pra dar lugar ao que é real e importante para sobreviver nesse mundo louco.
Seja Humano!!!
Musica sugerida: I Dreamed A Dream (do musical Les Miserables)
segunda-feira, 27 de abril de 2009
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